segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"Trote Solidário", alunos de medicina da Uesb, em Jequié


A nova turma de calouros do curso de medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ( Uesb), optaram pelo “trote solidário”, são 23 alunos, que de comum acordo, segundo Leidson Rodrigo, aceitaram com termo assinado, desde que não venha causar danos moral, físico ou psicológico. O trote também tem o objetivo de arrecadar entre os novos alunos em grupo de três, 75 quilos de alimentos não perecíveis e um pacote de fraldas geriátricas, que estarão disponibilizando para uma entidade beneficente

Fonte: http://zeniltonmeira.blogspot.com/2010/08/trote-solidario-alunos-de-medicina-da.html

sexta-feira, 30 de julho de 2010

BEM VINDOS!


Bem Calourada...

Antes de Tudo Bem Vindos!!! Mas não fiquem felizes pela recepção.. o trote vem aí! (Ita.. não posso comentar sobre isso!! huauhauha)

Bem, venho em nome do Centro Acadêmico de Medicina da UESB Campus Jequié (CAMed) dizer que estamos ansiosos para compartilhar nossos sonhos com vocês. Sonhamos nos formar médicos, profissionais capacitados na arte de cuidar, zelar e proteger a vida humana. Sonhamos em formar uma universidade que forme "pessoas humanas". É, pessoas humanas. Por mais pleonasmo que pareça, sabemos que essa não é a realidade que vivemos. Cidadãos, médicos que são pessoas, mas nem um pouco humanos. Para isso, queremos e precisamos de cada um... com idéias, críticas (construtivas por favor =P), vontades, anseios, desejos e expectativas.

Não sei se vocês já sabem , mas no começo desse semestre nós, discentes, fomos forçados a fazer uma greve buscando os direitos básicos para a nossa formação. Foi duro, foi dificil.. alguns colegas desistiram do curso e seguiram outros rumos, mas sempre estiveram e estão e estarão conosco, nos apoiando, ajudando, fornecendo informações. Alem de conseguir algumas das nossas reivindicações conseguimos criar uma grande família.. que briga de vez em quando ¬¬, mas uma grande família -porque todo mundo se gosta uauhauhahuauha- conseguimos crescer e acordamos, estamos crescendo. Espero, que seja assim com vocês. Ssomos chatos, somos confusentos, somos birrentos.. somos o que quiserem falar.. porque na verdade somos pessoas que querem o melhor pra nós e pra nossos futuros pacientes, afinal "A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e deve ser exercida sem discriminação de qualquer natureza." e queremos vcs assim! Repito agora de forma mais veemente Bem Vindos à Luta... vocês serão Médicos!

Daniel Rocha Paranhos
Diretor CAMed
UESB Jequié

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Abertura indiscriminada de faculdades de medicina vai terminar em tragédia, alertam médicos

Frequentes temas de denúncia da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a abertura indiscriminada de escolas médicas, a falta de vagas de residência e as tentativas do governo de criar facilidades ilegítimas para a revalidação de diplomas obtidos no exterior estarão entre as pautas centrais do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), entre 28 e 30 de julho, em Brasília, Distrito Federal.

Existe consenso hoje de que a ausência de medidas enérgicas para solucionar tais problemas aumenta o perigo de atendimento não qualificado aos cidadãos, o que certamente já coloca vidas em risco em todas as regiões do Brasil. Trata-se, enfim, de uma tragédia anunciada, que, infelizmente, pode, em breve espaço de tempo, fazer muitas vítimas pela omissão de autoridades, pela falta de legislação e políticas públicas consistentes.

Proliferação irresponsável - Faz quase 15 anos que entidades médicas nacionais, estaduais e sociedades de especialidade chamam a atenção de políticos, da mídia e da comunidade para a proliferação irresponsável de cursos de medicina. Lamentavelmente, sucessivos governos têm feito vistas grossas para o problema. Vêm prevalecendo assim interesses econômicos e políticos contestáveis, com anuência de uma legislação permissiva.

O resultado é que temos no Brasil hoje 180 escolas médicas, em grande parte sem estrutura mínima, sem corpo docente próprio e qualificado na área médica ou hospital universitário.

Uma expressiva parcela de empresários do "ensino superior" - nem um pouco comprometida com a assistência em saúde aos cidadãos - busca fundamentar a enxurrada de novos cursos com argumentos tendenciosos. Fala-se, por exemplo, que há falta de médicos no Brasil; outros dizem que a criação escolas é importante para inclusão de novos alunos nos cursos superiores.

O fato é que não há falta de médicos. Entre 2000 e 2009, a quantidade de profissionais de medicina aumentou 27% - de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% - de 171.279.882 para 191.480.630, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Recente pesquisa do CFM revela que a média nacional é de um médico para 578 habitantes. Na cidade de São Paulo, existe um para 239 habitantes - média superior à de países europeus. É verdade, por outro lado, que há regiões com número insuficiente de profissionais, mas trata-se de fruto da má distribuição pelo território nacional - outra consequência da fragilidade de nossas políticas públicas de saúde.

Recordista mundial - Também não são escassas as oportunidades de inclusão nas faculdades de medicina. Temos 180 cursos (102 particulares, 7 municipais, 24 estaduais e 48 federais) e cerca de 17 mil vagas criadas anualmente para universo que se aproxima de 200 milhões de habitantes. Somente de 1996 a 2009, 98 escolas médicas foram autorizadas (entre as quais apenas 30 públicas), situação sem paralelo em qualquer outro país do mundo.

Vale aqui um parêntese: a China, com mais de 1 bilhão e 300 milhões de habitantes, possui 150 cursos médicos; os Estados Unidos, com população de mais de 300 milhões, contam com 131 faculdades de medicina.

Para agravar o quadro brasileiro, várias faculdades, ao arrepio dos termos de sua autorização abrem mais de um vestibular ao ano. Outras, à falta fiscalização efetiva, burlam os processos de qualificação e incluem transferidos clandestinos ao longo do curso.

Os resultados da proliferação irresponsável de escolas já são públicos. Provas experimentais realizadas, por exemplo, por entidades médicas de São Paulo e do Rio Grande do Sul atestam que o nível da formação é péssimo, em regra. Hoje, em regiões em que o ensino é menos sofrível, existem estimativas de que cerca de 60% dos estudantes do sexto ano não têm conhecimento suficiente da medicina. Dá para imaginar, por consequência, qual é a realidade das regiões mais frágeis economicamente e das mais remotas. Isso sem falar no risco que a população está sofrendo.

Mudança na gaveta - Insensível à situação calamitosa, o Congresso Nacional há mais de 6 anos mantém na gaveta projeto de lei (PL 65/2003) que estabelece parâmetros para autorização de abertura e renovação de cursos de medicina. Até que este projeto seja aprovado e passe a vigorar, não haverá respaldo jurídico sólido para impedir o funcionamento de escolas médicas sem hospital de ensino próprio, sem corpo docente médico suficiente vinculado ao hospital universitário, sem programa de residência médica associado, requisitos essenciais para instituições dessa natureza.

Mudar a legislação é imperioso. Contudo, não basta para garantir a qualidade dos graduados. É fundamental, simultaneamente, avaliações externas, realizadas por instituições independentes, como a de entidades médicas.

Cabe ressaltar que, de uns tempos para cá, vê-se na atual administração do Ministério da Educação (MEC), esforços verdadeiros no sentido de corrigir distorções no aparelho de formação em medicina. Com esse intuito, o ministro Fernando Haddad e sua Secretária de Educação Superior (SESU), Maria Paula Dallari Bucci, contam com o relevante apoio do professor Adib Jatene, presidente de comissão de especialistas criada especialmente para avaliar a qualidade do ensino médico. Entretanto, pela dimensão do problema a dose do remédio está aquém da necessária.

Revalidação obrigatória - Durante o ENEM outro problema importante a ocupar a pauta é a revalidação dos diplomas obtidos fora do Brasil. Faz alguns anos, o governo busca criar privilégios para um grupo de estudantes brasileiros formados em Cuba, na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM).

Vale lembrar que a revalidação dos diplomas da ELAM está prevista no ajuste ao acordo de cooperação cultural e educacional assinado entre os governos de Brasil e Cuba em 2006, e que começou tramitar na Câmara por meio do Projeto de Decreto Legislativo 346/07. Desde então, o governo já apresentou uma série de portarias e normativas para tentar dispensar tais graduados do exame de revalidação.

As entidades médicas compreendem que os critérios de revalidação devem ser iguais para todos, seja o médico formado em Cuba, na Bolívia, nos Estados Unidos, na Inglaterra ou em qualquer outro país. É essencial ter um exame nacional unificado, sem a adoção de mecanismos diferenciados a esta ou aquela nação.

Não se pode, sob hipótese alguma, permitir que uma só pessoa exerça a medicina no país sem comprovar que está 100% apta e capacitada para lidar adequadamente, com competência e resolutividade, com a saúde dos cidadãos.

Residência médica - O intuito das entidades é apoiar a expansão do número de vagas e bolsas de residência para cada egresso nas áreas gerais, de acordo com as necessidades da saúde pública. Além disso, deve-se valorizar a residência como pós-graduação ideal, frente a estágios e cursos de especialização sem mínimas regras éticas e pedagógicas.

Para tal, é necessário garantir financiamento apropriado às instituições; adequação do valor da bolsa (que não é reajustada há dois anos), bem como reajuste anual e respaldo às reivindicações dos residentes, como 13º salário, auxílio-alimentação e alojamento, adicional de insalubridade, licença-gestante de seis meses e garantia de retorno para término da bolsa.

São esses e outros pontos vinculados ao tema que serão debatidos exaustivamente durante o ENEM, com o intuito de apontar soluções consistentes e urgentes para a universalização da residência.

Fonte: CFM, 19/07/2010.

Fonte: CFM

domingo, 18 de julho de 2010

Adib Jatene critica abertura indiscriminada de escolas médicas

Adib Jatene critica abertura indiscriminada de escolas médicas durante Fórum organizado pelo CFM "É inaceitável assistirmos esta abertura indiscriminada de escolas médicas, precisamos coibir este abuso", apontou o ex-ministro da Saúde e presidente da Comissão de Avaliação das Escolas Médicas do Ministério da Educação, Adib Jatene. A declaração foi dada durante palestra no I Fórum de Ensino Médico, evento que ocorre em Brasília, nos dias 1 e 2 de julho, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para o ex-ministro, o país chegou a um ponto crítico. Ele apresentou a evolução das escolas médicas no país que, segundo Jatene, demonstra a irracionalidade do sistema e a necessidade de se trabalhar mudanças.

"Entendemos a necessidade do país em se formar mais médicos, mas que profissionais queremos?", questionou.

Hoje, o país possui um total de 180 escolas médicas. Só no período de 1996 a 2009 foram criadas novas 98 instituições, sendo que destas, apenas 30 são públicas. Jatene apontou a oferta desproporcional das vagas no país: o Rio de Janeiro oferece uma vaga para 6 mil habitantes; no caso do Espírito Santo a proporção é de 1 vaga por 6.974. Já São Paulo, estado que mais possui faculdades de medicina, a relação é de 1 para cada grupo de 15.407 habitantes.

Trabalhos - A mesa de abertura do I Fórum de Ensino Médico foi formada pelo presidente do CFM, Roberto Luiz d´Ávila; pelo coordenador da Comissão Nacional de Ensino Medico e 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Lima; pelo ex-ministro da Saúde e presidente da Comissão de Avaliação das Escolas Médicas do MEC, Adib Jatene; pelo representante do Ministério da Educação, Paulo Wolling; pelo presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhães; e pelo diretor de Comunicação da Associação Médica Brasileira (AMB), Elias Fernando Miziara.

O presidente do CFM destacou que a entidade deseja contribuir para o crescimento e a melhora da educação médica no país. "Como profissionais e orientadores, vamos nos dedicar na educação sempre em parceria com as instituições de ensino e outras entidades. Queremos formar o tipo de médico que a sociedade espera", disse d´Ávila.

Fonte: CFM

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Empresas pagam médico top "por fora" para funcionários

12/07/2010 01:06:27



Prática evita que empregados percam tempo com médicos ineficazes oferecidos
pelos planos de saúde


RICARDO WESTIN
FOLHAPRESS / DE SÃO PAULO

Algumas grandes empresas já não oferecem a seus funcionários só o plano de
saúde tradicional. Decidiram pôr à disposição médicos e hospitais extras,
muitos de altíssimo nível.

Nessas listas figuram os hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, os mais
conceituados de São Paulo, e medalhões como Roberto Kalil (cardiologista do
presidente Lula), David Uip (infectologista que cuida da modelo Naomi
Campbell) e Claudio Lottenberg (oftalmologista diretor do Einstein).

Entre as empresas que adotam esse tipo de política estão os bancos HSBC e
Santander e a operadora de telefonia móvel Vivo.

Todas têm contrato com grandes planos de saúde. O que as levou a ampliar as
opções de médicos e hospitais foi a constatação de que a rede credenciada
desses convênios muitas vezes não tem competência suficiente para solucionar
todos os problemas de seus funcionários.

"Você vai ao médico do convênio, e ele pede dez exames, sem objetivos
definidos. Aí você não gosta, vai a outro, que pede mais 20 exames. Enquanto
isso, o tempo passa, dinheiro é desperdiçado e seu problema não é
resolvido", diz o diretor de saúde da Vivo, Michel Daud.

Na Vivo e no HSBC, os funcionários com doenças mais graves -não importando o
cargo- são encaminhados para os médicos e hospitais "top". Os custos são
bancados pela empresa.

No caso do Santander, o banco pediu à operadora contratada que sua lista de
médicos fosse maior que a oferecida a outras empresas. Os nomes extras foram
escolhidos pelo banco.

"São médicos de qualidade, que não atendem pelos convênios", afirma a
gerente de recursos humanos do Santander, Beatriz de Pieri.

Os médicos mais conceituados não aceitam os planos convencionais porque as
operadas pagam em média R$ 35 por consulta. Quando quem paga é o paciente,
os profissionais cobram pelo menos R$ 400.

GASTOS
O investimento em médicos e hospitais qualificados vai na contramão das
políticas de redução de custos das operadoras de plano de saúde, como negar
exames e cirurgias, enxugar a rede credenciada e oferecer honorários médicos
defasados.

"Esse tipo de corte resolve apenas no curto prazo. Mas, no médio e no longo
prazo, a situação piora", diz Vera Saicali, diretora de recursos humano do
HSBC.

Quando se recorre a muitos médicos e exames, a mensalidade do convênio sobe
mais no ano seguinte, e os empregados levam mais tempo para voltar ao
trabalho.

A Vivo diz que seus gastos com saúde representam 9% da folha de pagamento,
abaixo da média de 16% das empresas. No Santander e no HSBC, a mensalidade
do plano de saúde subiu 3% e 8% respectivamente no último ano, ante 11% do
mercado.

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os médicos que estamos formando para cuidar das novas gerações

Semanas atrás, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o fechamento do curso de medicina da Universidade Iguaçu, em Nova Iguaçu (RJ), que oferecia anualmente 200 vagas.

Outros oito cursos de medicina no país também corriam risco de sofrer cortes. São eles o Centro Universitário de Volta Redonda (RJ), Faculdade de Medicina do Planalto Central (DF), Universidade de Ribeirão Preto (SP), Universidade de Marília (SP), Universidade Severino Sombra (RJ), Faculdades Integradas Aparício Carvalho (RO), Faculdade São Lucas (RO) e mais um da Universidade Iguaçu, desta vez no campus de Itaperuna (RJ). Foram decisões tomadas por uma comissão de especialistas do MEC, presidida pelo Dr. Adib Jatene, que visa fiscalizar a qualidade do ensino da medicina.

Há de se elogiar tal encaminhamento. No entanto, é mister reconhecer que se trata de medida tímida diante do caos instaurado faz décadas nos cursos de formação médica. Hoje, muitos deles não têm currículo adequado e apresentam corpo docente de capacitação duvidosa. É comum, por exemplo, ver faculdades sem hospital-escola, sendo que é impossível aprender medicina sem contato com pacientes.

A verdade é que o sistema educacional no Brasil fez opção pela quantidade, deixando em último plano a excelência na qualificação. Faculdades médicas passaram a ser criadas sem critério, apenas para atender à ganância de maus empresários da educação.

O resultado é que no Brasil a concentração de médicos cresce a níveis jamais vistos. Recente levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que, entre 2000 e 2009, a quantidade de médicos aumentou 27% - de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12%, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, havia no país um médico para cada grupo de 658 habitantes; em 2009, a situação passou a ser de um médico para 578 habitantes.

O Brasil de 2010 é recordista mundial em número absoluto de faculdades de medicina. Não é uma boa notícia, ao contrário do que podem pensar os desavisados. Formamos muito, mas formamos mal. Resultado: vários dos profissionais colocados no mercado representam perigo à saúde e a vida dos cidadãos. Está aí o crescimento constante de denúncias nos conselhos regionais de medicina sobre erros médicos.

Nesta linha de reflexão, chamo também atenção para a inoportuna proposta do Ministério da Saúde de formar médicos para o Sistema Único de Saúde. É preciso que se entenda que o médico tem que ser o mais bem formado possível, para que, onde quer que trabalhe, exerça a medicina de alto nível, de acordo com os princípios éticos da prática médica. Essa discriminação esbarra na falta de humanismo e, evidentemente, ou é proposta por bacharéis em medicina que procuram, para seus familiares, os melhores médicos e hospitais, ou por não-médicos que se acham conhecedores do problema dentro de uma política puramente populista.

Precisamos de mais rigor nesta área, assim como necessitamos dar um basta na abertura indiscriminada de escolas médicas. Medicina e saúde são coisas muito sérias e, por isso, o foco deve estar na boa formação do médico, permitindo que ele esteja preparado para atuar em qualquer esfera, não apenas no SUS. O bom nível da assistência é um direito garantido pela Constituição Federal e é o que devemos oferecer à atual e às novas gerações.

Professor Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

sábado, 26 de junho de 2010

REUNIÃO DO CA

Coordenadores e Diretores,

Gostaria de convoca-los para uma reuniao de coordenação na terça-feira as 19 hrs, nos encontraremos no local de sempre, em frente a cantina e nos direcionaremos para alguma sala. Gostaria de contar com a presença de TODOS porque se faz necessário. Se preferirem trocaremos o Horario e se quiserem trocar o dia só pode ser na quarta adiar mais que isso é IMPOSSIVEL!

Pauta:
Desmobilização do CA
Calourada
Vestibular
O que ocorrer

Grato,

Daniel Rocha Paranhos

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conto de fadas; O gênio e os três desejos

''Para ouvir o coração de um povo não precisa ser médico, basta ter coração''

Conto de fadas; O gênio e os três desejos

Que tipo de médico quero ser? Que tipo de realizações no plano pessoal e de ofício desejo obter no futuro? Em que devo me basear para responder essas perguntas? Minhas vivências, experiências e trajetórias?

É complicado olhar para o futuro e não pensar na profissão que estou lutando para seguir? “Quais são suas conclusões quando pensa nisso?” Pergunta minha consciência. Então, respondo. Concluo que desejo ser um profissional competente. Terei o conhecimento de vários séculos; Um conhecimento conseguido com muito sacrifício, dedicação e mortes, portanto desejo honrá-lo. Mas de que vale tanto estudo se na aplicação desse conhecimento eu for frio e cortante como o bisturi que manejarei?! Por isso, antes de tudo, quero ser um médico humano. Às vezes, o problema não é só anatômico, fisiológico, biológico. É social, estrutural, emocional. Sei que em minha sociedade – em todo o mundo pra falar a verdade - a falta de amor, cuidado e zelo matam mais que os vírus e os hospitais desestruturados. Se os médicos pudessem ser um pouco mais atenciosos... Se pudessem pensar um pouco mais na vida ao invés do reconhecimento, do dinheiro...

O reconhecimento, o dinheiro... “Você é doido!? Quem não pensa nisso?!Vivemos na era do capitalismo selvagem homem primata!” Atacam outras consciências. É, concordo. Só que de tão selvagem, o capitalismo e a mentalidade da cifra doentia estão destruindo a medicina. O enfoque não é mais no “juro salvar vidas” e sim no “juro salvar dinheiro”. É claro que penso – e preciso – em dinheiro e reconhecimento, mas não faço disso prioridade. Certa feita, assistindo ao filme “Quase Deuses”, ouvi uma frase que me marcou. “Não busque reconhecimento no mundo, pois isso não vai acontecer”. Não vai mesmo se buscado com voracidade. Basta ser dedicado. Basta sentir prazer em saber que está salvando uma vida, que está “devolvendo” a uma mãe, mulher, filho seu ente querido, que lutei para que uma história não tivesse um fim precoce.

Parece um conto de fadas, algo altamente quimérico – nos tempos de hoje -, mas o desejo que tenho é ser esse profissional. Não vou precisar do gênio e dos seus três desejos. Agradeço as minhas vivências! Agradeço as minhas experiências! Agradeço a minha trajetória! Vou ser humano, competente e realizado.


Daniel R. Paranhos


Grande Galerinha...

Se vocês escreverem algo manda pra o e-mail do CA (cameduesbj@gmail.com) que a gente posta! Viu Lara!! huauhauhahuauhauh

beijos e abraços!

domingo, 6 de junho de 2010

Fórum define carreira de Estado para médicos


A criação de uma carreira de Estado para o médico se tornou uma bandeira prioritária para o Conselho Federal de Medicina (CFM) e as outras entidades médicas nacionais – Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Para avançar solidamente no debate que deverá levar à implementação da proposta, acontece, em 8 de junho, um encontro com representantes de vários setores da sociedade.

Nomes importantes do Judiciário, do Ministério Público, da Câmara e do Senado já confirmaram presença no I Fórum sobre Carreira de Estado para Médicos.

Das discussões, podem sair sugestões que ajudarão a delinear de forma mais clara aspectos importantes para a proposta, como a forma de acesso, os critérios de seleção, as modalidades de progressão, entre outros.

No entanto, um consenso já existe: a criação da carreira de estado para o médico dá golpe único em dois problemas graves que afligem o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em primeiro lugar, contribui para a oferta de uma assistência de qualidade à população ao assegurar a presença do médico em áreas de difícil provimento vinculado a uma estrutura que permite o exercício da boa medicina.

De acordo com o 2º vice-presidente do CFM e coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Aloísio Tibiriçá Miranda, com essa proposta fica assegurada infra-estrutura de trabalho (instalações e equipamentos) e uma rede integrada, capaz de absorver os casos de maior gravidade.

SERVIÇO:
Fórum das Entidades Médicas sobre Carreira de Estado
Data: 08 de junho de 2010
Horário: A partir das 8h30
Local: Auditório do Conselho Federal de Medicina – Brasília-DF
Promoção: Comissão Pró-Sus – CFM/AMB/FENAM


PROGRAMAÇÃO:

08h30 – Credenciamento

9h – Abertura

Roberto Luiz d’Avila – Presidente do CFM
Paulo Argollo – Presidente da Fenam
José Luiz Gomes do Amaral – Presidente da AMB

9h30 às 11h – Mesa Redonda: A Saúde, o Médico e a Carreira de Estado

9h30 – Aspectos Conceituais e Jurídicos da Carreira de Estado para o Médico
Ministro José Augusto Delgado – Ministro aposentado do STJ

10h – A Saúde e o Estado Brasileiro
Aragon Dasso Jr. – Universidade do Estado do Rio Grande do Sul

10h30– Recursos Humanos, Carreira de Estado e Modalidades de Gestão no SUS Roberto Passos - Centro Brasileiro de Estudos da Saúde - CEBES

11h às 12h – Debates com os palestrantes

12h às 13h - Intervalo

13h às 15h - Mesa Redonda e debates com representantes das Entidades Médicas

15h - Encerramento

Fonte: CFM

domingo, 16 de maio de 2010

Alunos da UFSCar temem violência e custo de vida de São Paulo

15/05/2010 01:40:23

13/05/2010 - 09h05

Alunos da UFSCar temem violência e custo de vida de São Paulo

VERIDIANA RIBEIRO

da Folha Ribeirão

Custo de vida alto, medo de violência, preocupação com a qualidade de ensino. Essas são as preocupações dos estudantes do quinto ano de medicina da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), que devem estagiar em hospitais da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) na Grande São Paulo.

UFSCar pode usar um hospital da Unifesp para aulas práticas
Reitor da UFSCar sugere a alunos que mudem de universidade
Instituto da USP guarda corpos em baldes
Unesp divulga lista de candidatos com direito a redução de taxa

Desde terça-feira (11), a reitoria da UFSCar negocia com a reitoria da Unifesp uma parceria que viabilize o internato (estágio hospitalar obrigatório) dos 33 estudantes de medicina que estão sem aulas desde o dia 30.

A suspensão aconteceu porque não existe disponível em São Carlos (a 232 km de São Paulo) um hospital com infraestrutura e corpo clínico adequados às necessidades dos alunos da graduação.

"Os hospitais [disponibilizados pela Unifesp] estão na periferia de São Paulo. Isso implica distâncias grandes de deslocamento entre o lugar onde os alunos vão morar e o hospital. E tem também a questão de segurança. Imagina se algo acontece com algum aluno da UFSCar?", disse a estudante Arlety de Morais Carvalho, 21.

Por enquanto, a UFSCar não decidiu onde o internato será realizado. Ontem, a coordenação do curso de medicina visitaria dois hospitais ligados à Unifesp, o de Diadema e o de Pirajussara (em Taboão da Serra) todos com atendimento exclusivo do SUS (Sistema Único de Saúde) --ao menos um deles havia sido visitado até ontem.

Antes disso, a reitoria da UFSCar havia feito pedido à outra federal para que os alunos de São Carlos realizassem o internato no Hospital São Paulo, o principal hospital de ensino ligado à Unifesp. Mas o pedido encontrou resistência entre professores e alunos.

"Houve a ponderação de que há uma sobrecarga grande, tanto no ambulatório, quanto no hospital, pela atuação de residentes e estudantes do internato", afirmou ontem o reitor da Unifesp, Walter Albertoni.

Hoje, os alunos devem se reunir com a coordenação do curso. A decisão será tomada pelo Conselho de Curso, no qual os alunos têm cinco votos de um total de 15. Mas, segundo a assessoria de imprensa da UFSCar, essas decisões não costumam sair de votações, mas de consenso.

A reitoria da UFSCar não falou sobre quem vai custear os alunos fora de São Carlos.

Fonte: Folha de Ribeirão

sexta-feira, 14 de maio de 2010

E Agora?

Bem, li uma paródia feita por Cláudia Araújo da UFC [ CA XII de Maio CR NE2 - DENEM DCE-UFC CEPE UFCColetivo Nacional Levante! Coletivo TodaVoz UFC] e decidi, com todo respeito a ela, modificar umas coisinhas e colocar o texto aqui... ficou bem interessante.. o q vcs acham?!


E agora, Abel?
O calouro chegou,
A aula começou,
o curso abriu,
a obra atrasou,
e agora, Abel?
e agora, você?
você que tem nome,
que tem cargo alto,
que assina papéis,
que odeia protesto,
e agora, Abel?

Está sem resposta,
sem justificativa,
está sem defesa,
já não pode negar a moradia,
já não pode dizer que não vai liberar,
fugir já não pode,
o semestre começou,
o professor não veio,
a verba não veio,
a sala não veio,
não veio o livro
e tudo passou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, Abel?

E agora, Abel?
Sua forte palavra,
suas promessas constantes,
nossa pesquisa e extensão
nossa biblioteca,
nosso RU e moradia,
nossos campos de prática,
essa incoerência,
cadê a verba - e agora?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Portal Capes em casa

Graaande Galerinha...

O Nosso Amigo Rafael Correia vulgo Papa do DAMED Conquista, me enviou essas informações que valem ouro! Mais explicações só depois do texto que ele me mandou xD


"Ofício Circular 012/2010-PPG
Vitória da Conquista, 05 de maio de 2010

ASS.: DOCENTES, TÉCNICOS E DISCENTES JÁ PODEM ACESSAR O PORTAL DE PERÍODICOS DA CAPES EM CASA.


ACESSO EXTERNO AO PORTAL DE PERÍODICOS DA CAPES


A UESB, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação-PPG e da Unidade de Informática- UINFOR informa a todos os docentes, técnicos e discentes que o Portal de Periódicos da CAPES já pode ser acessado, também, externamente à UESB.
Os interessados deverão realizar os seguintes procedimentos para o acesso externo do Portal de Periódicos CAPES.

1) Ter um email institucional - quem ainda não tiver, favor se dirigir a UINFOR;

2) Fazer o download do seguinte arquivo http://capes.uesb.br/periodicos.reg

3) Executar o arquivo na sua máquina. Atenção! No momento, o arquivo só vai habilitar o navegador internet explorer, outros navegadores estarão disponíveis em breve.

4) Acessar o portal de periódicos da CAPES. Neste momento o sistema irá pedir um usuário e uma senha (mesma do e-mail institucional). Por exemplo, se meu email da UESB for heliosantos@uesb.edu.br e minha senha for 1234, então devo digitar heliosantos para o campo usuario e 1234 para o campo senha.

DESTAQUES

Destaque1: Neste primeiro momento estamos disponibilizando apenas a configuração para o navegador internet explorer. Em breve disponibilizaremos configurações para outros navegadores.
Destaque 2: Este procedimento só é necessário para máquinas que estão fora da rede da UESB. Para as máquinas internas não há necessidade.
Destaque3: Para executar corretamente o arquivo de configuração (http://capes.uesb.br/periodicos.reg), este deve ser baixado como periodicos.reg. Caso tenha alguma dificuldade com este procedimento, por favor, procure a UINFOR.
Destaque 4: Os Programas de Pós-Graduação stricto sensu da UESB deverão ter um email institucional e uma senha para acesso ao Portal, e posteriormente passar a senha a todos os alunos que estejam regularmente matriculados. A rede da UESB, ainda, não permite que cada aluno tenha um email e senha.
Destaque 5: Os alunos de Graduação deverão se dirigir a UINFOR para receber os dados do usuário e senha de acesso ao Portal de Periódicos.
Destaque 6: Os docentes e técnicos-administrativos necessitarão ter email institucional.

Cordialmente,

Profª. DSc. Cristiane Leal dos Santos Cruz
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação / UESB "

Pra quem não sabe o Portal Capes nos permite ter acesso a artigos e periódicos sem precisar pagar um login... portanto é bom correr atras do acesso de vocês!
Para criar um e-mail UESB é so ir no setor de informática da UESB ( o mesmo que desbloqueia os computadores para usar a internet disponível da universidade).

Beijos e Abraços!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
UESB – CAMPUS DE JEQUIÉ – BAHIA
CENTRO ACADÊMICO DE MEDICINA – CAMed



CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DO CURSO DE MEDICINA DA UESB, CAMPUS DE JEQUIÉ

Jequié, 10 de Maio de 2010.

A Diretoria Executiva do Centro Acadêmico de Medicina da UESB, campus de Jequié (CAMed), no cumprimento de suas atribuições, tendo em vista o disposto no Art. 6º, § 7, do Estatuto do CAMed, CONVOCA os seus associados para Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se no dia de 12 de maio de 2010. Os associados devem estar às 19:30 hrs em frente à Cantina do Pavilhão Administrativo na UESB, campus de Jequié, para apreciar a pauta:

1. EREM;

2. O que ocorrer;

Com os melhores cumprimentos,


1º Diretor(a) do CAMed 2º Diretor(a) do CAMed 3º Diretor(a) do CAMed
Daniel Paranhos Leidson Rodrigo Izabel Bou

sábado, 8 de maio de 2010

EREM!! UHRUUU NE1!!

Grannde Galerinha...

Venho trazer informações sobre o EREM! COmo tods já sabiam o EREM será realizado no dia 03,04,05,06/06 em Ilheus- BA!








A Inscrição tem os seguintes valores:

1º Prazo: até 24 de maio
R$ 50,00 - Pacote 1
R$ 30,00 - Pacote 2
2º Prazo: 24/05 a 03/06
R$ 60,00 - Pacote 1
R$ 30,00 - Pacote 2

Pacote 1
Programação + Alimentação + Alojamento
Pacote 2
Programação apenas

bem.... para mais informações acessem o blog do EREM!!

http://erem2010ilheus.blogspot.com

Eu, Vc, Todo Mundo Lá!!
Vamos construir o maior EREM da Regional!!

Beijos e Abraços!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Falta de estrutura prejudica graduação no interior da Bahia


Fonte: Jornal A tarde

"Mais de 30 estudantes do 1º e 2º semestres do recém-implantado curso de medicina da Universidade Estadual do Sudoeste (Uesb) em Jequié (a 359 km de Salvador) vão ter que enfrentar, este mês, viagem de mais de 200 quilômetros para acompanhar aulas práticas no campus da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Itabuna, sul do Estado. A aulas na universidade vizinha são necessárias porque o campus da Uesb carece de obras estruturais, a exemplo das salas de aulas práticas para medicina, odontologia, farmácia e enfermagem. O local já está definido, em terreno doado à Uesb nas proximidades do campus de Jequié, mas as obras – que deveriam ser iniciadas em novembro do ano passado – somente começaram em janeiro e se arrastam em ritmo lento. “Nós, alunos, não acreditamos que o módulo esteja pronto até dezembro deste ano”, afirma Lara Régia. O pavilhão de aulas – cujo cronograma de obras fixou a conclusão em 2006 – sequer entrou na fase de preparação, passados seis anos. Só não demorou em receber apelido. “A gente batizou de ‘a lenda’, porque se encaixa bem na situação”, comenta a estudante Izabel Bou Teixeira, diretora do centro acadêmico. Como se não bastasse a falta de docentes para as disciplinas medicina social e clínica II, os alunos foram informados da transferência do professor de genética humana, Marcos Vinícius de Matos Gomes, para uma universidade em Londrina, Paraná. O docente, reconhecido pesquisador na área, é considerado pelos alunos um dos melhores da instituição. “Nossa sessão de pesquisa já é fraca e agora sofre mais essa baixa. Sabemos que o que impulsiona uma universidade é a pesquisa, e ela é colocada em segundo plano aqui na Uesb”, protestou Isabel Teixeira. O curso de medicina ainda não dispõe de uma unidade médica para que os estudantes possam fazer residência, e o Hospital Geral Prado Valadares, única unidade estadual de saúde na cidade, não oferece especializações. Sem esperanças, quatro estudantes decidiram trancar a matrícula, um desistiu e outro já anunciou que tomará a mesma medida. “Ficar fazendo o quê? Brincando de aprender e me transformar em médico sem credenciais?”, disse um estudante, que preferiu não ser identificado. Convênios - O reitor da Uesb, Abel Rebouças, explicou que o prédio para atender ao pleito do curso de medicina em Jequié foi “devidamente licitado pela Sucab e a ordem de serviço já foi dada à empresa Lam Construtora”, afirma. Para solucionar parte dos problemas do curso em Jequié, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informa ter firmado quatro convênios de cooperação técnico-científica com a Uesb com o objetivo de promover ações de ensino-aprendizagem, para estágios obrigatórios não remunerados e práticas de ensino curriculares não remuneradas, para os alunos dos cursos de graduação em medicina e pós-graduação na área de saúde. Um dos convênios prevê a disponibilização das unidades públicas de saúde da secretaria estadual para complementação da aprendizagem, como campo de práticas e investimento de, aproximadamente, R$ 320 mil na modernização dos laboratórios do curso. Os recursos devem ser aplicados na compra de equipamentos e materiais permanentes para as instalações da faculdade."

Bem Galerinha, nossa luta não para!

Conseguimos muitas melhorias, mas precisamos de mais! Nossa greve foi muito importante; conseguimos colocar novamente em discussão a questão Medicina em Jequié.. creio que ficou claro que apenas criar um curso não significa mante-lo, que ESPERAR por uma estrutura é esperar pela morte do ensino e do sonho de discentes que estão dispostos a doar suas vidas para tentar ajudar outras. Nossa luta não acabou.. queremos nos formar como médicos de qualidade, queremos fazer da UESB uma verdadeira universidade, queremos cuidar de vidas não destrui-las!

Reforçando... Nossa luta não acabou

"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor."
Goethe

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vamos Refletir

Que médico será você

Dirijo-me, nesta oportunidade, a todos que desejam ser médicos. Tanto aos que pretendem entrar na faculdade, como aos que nela estudam. Faço isto sustentado pela vivência de mais de três décadas dedicadas à prática médica. Sei que a profissão médica tem todos os motivos para despertar interesse. Todas as famílias gostariam de ter um parente médico. É desses profissionais que necessitamos nos momentos mais difíceis de nossa existência. E a despeito de tantas mudanças comportamentais, a lendária figura vestida de branco nos remete, quando enfermos, a possibilidade de recuperação da saúde, o bem maior. Realmente, é alentador e emocionante ouvir daqueles que tratamos, expressões de gratidão por lhe termos amenizado sofrimentos, curado, salvado a vida. Nesses momentos, mais que em qualquer outros, chegamos à conclusão de que, apesar de tudo, vale a pena ser médico. Mas nem tudo é reconhecimento e afagos de gratidão nesse penoso caminho do exercício da medicina. Por isto, você que almeja ser médico, não imagine um destino somente glamoroso como o que, às vezes, a ficção mostra. A vida real tem amargores que exige preparo para seu enfrentamento. Quem, como eu, vem de uma longa caminhada, cumpre seu dever humanístico e ético sinalizando para os que vêem atrás as armadilhas dessa espinhosa estrada. Para que estejamos preparados para esse enfrentamento (atenção: não é um passeio, é um embate; um enfrentamento, portanto) é preciso que nos municiemos de aptidões e ferramentas (armas) que nos possibilitem chegar a nosso melhor destino sem tantos percalços e sofrimentos. Desde logo é bom que se saiba que não há meio de fazer essa travessia impunemente. Haverá dor, momentos de desânimo e até de desespero. É preciso, portanto, estar preparado para não sucumbir a eles. A missão precisa ser cumprida para que não naufraguemos no rio das frustrações. Um médico frustrado é um perigo para os que dele dependem para recobrar a saúde. A medicina, alerta Ivo Pitanguy, nome maior de nossa cirurgia plástica, "nos causa terríveis incômodos. Mas, paradoxalmente, o homem que pode escolher seus incômodos é um homem livre". Em primeiro lugar, se pergunte: quero mesmo ser médico? Por que motivo? Meus motivos são consistentes, tenho convicção deles? Estou disposto a estudar medicina enquanto continuar atuado? Estou disposto a abrir mão, em muitas ocasiões, de minha privacidade, de meu laser, de meu repouso, de meu bem-estar? Se todas as respostas foram positivas e você for uma pessoa do bem, que goste de gente, então você é um bom candidato a ser um médico como deve ser. Vá em frente! Do contrário, é melhor optar por outra profissão. Você sofrerá muito e fará muita gente sofrer. Desista! Considerando- se em condições de estudar medicina, lembre-se de que o médico que você será começa a se plasmar desde o primeiro período de aulas na faculdade. As matérias ditas básicas, consideradas chatas e até rejeitadas por alguns, saiba que são o alicerce que sustentarão sua formação. Relegá-las, não lhes dando a atenção necessária, é um erro que repercutirá em todo seu aprendizado e, depois, em sua prática profissional. A fragilidade do alicerce, como se sabe, coloca em risco tudo que sobre ele se assentar. Lembre-se de que você está se preparando para ser um profissional, portanto seus conhecimentos precisam ser bem assimilados. Tidos em mente sempre que deles necessitar. Aqueles que estudam somente para obter notas que lhes garantam aprovação nas provas, primam pela superficialidade. Logo, não sedimentam adequadamente o conhecimento. São os estudantes de véspera de exame, que viram a madrugada tentando recuperar o tempo que não estudaram. São imediatistas. A seguir as provas, o pouco do que acharam que aprenderam é esquecido. É preciso saber colocar em prática o que se aprendeu na teoria. Há profissionais que sabem e até verbalizam bem seus conhecimentos, todavia deixam muito a desejar quando tentam transformá-los em atos. Faltou colocar a mão na massa, ou seja: no enfermo. Freqüentar serviços médicos de qualidade é fundamental. Por vezes é mais difícil desaprender que aprender. Quem cria vícios, aprendidos geralmente em pronto-socorros e hospitais sem compromisso com a qualidade, terá dificuldade em se ver livre deles. Procure separar o joio do trigo, identificando onde e com quem vale pena buscar conhecimentos. Hipócrates (460-377 a.C.), nos primórdios da medicina científica, escreveu: "Há, verdadeiramente, duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência consiste em saber; em que crer que se sabe reside a ignorância". Saiba, desde logo, que não se aprende medicina tão-somente nos textos médicos, Pedro Nava (1903-198), médico e escritor mineiro de nomeada, escreveu: "Medicina, antes de mais nada, é conhecimento humano. E este está também nos livros de patologia e clínica como na obra de Proust, Flaubert, Balzac, Rabelais, poetas de hoje e de ontem, nos modernos como nos antigos". É, portanto, indispensável para a adequada formação profissional, que o médico tenha cultura humanística. Só assim terá como vislumbrar os múltiplos aspectos que envolvem o ser que vai tratar. A formação predominantemente somática e mecanicista deixa uma lacuna vital na concepção dos estudantes de medicina acerca dos humanos. Seres que não máquinas que podem ser consertadas sem a concepção do todo. "É necessário que o aparelho formador dê forte ênfase à formação humanística do médico", enfatizou Waldir Paiva Mesquita, quando presidente do Conselho Federal de Medicina. Os aspectos psicológicos, que ou são causas ou repercutem no enfermo, devem merecer, sempre, a cuidadosa atenção médica. A relação médico-paciente, que deveria ser motivo de reiteradas abordagens, não recebe a atenção devida na grade curricular das faculdades de medicina. Há professores que sequer fazem referência ao tema, este que é absolutamente essencial para encurtar o caminho que leva a melhora e a cura dos pacientes. Platão (428 ou27/347 a.C.), filósofo grego, há 25 séculos, escreveu que: "O maior erro dos médicos é tentar curar o corpo sem procurar curar a alma. Entretanto, corpo e alma são um e não podem ser tratados separadamente" . O médico precisa ter consciência de que ele próprio pode ser remédio ou veneno conforme se conduzir frente aos doentes que trata. Caso se relacione adequadamente com seu paciente, despertará nele a confiança que funcionará como efeito placebo. Antes mesmo de o tratamento por ele prescrito ter condições científicas de provocar resultado satisfatório, o enfermo já apresentará melhoras. Isto precisa ser aprendido nos bancos da faculdade e praticado desde o primeiro paciente atendido. Portanto, um importante fator do processo de cura é o próprio médico, conforme deduziu o famoso médico Paracelso (1493-1541): "A personalidade do médico pode funcionar mais poderosamente sobre o paciente que as drogas empregadas". O médico que você será, futuro colega, dependerá, em essência, de como você é, de seu perfil psicológico, de seu jeito de ser. Há pessoas que têm erros essenciais de caráter, de conduta. Estas jamais deveriam escolher a medicina como profissão. Mas, infelizmente, nenhuma profissão está livre delas. É impossível ser um bom médico sem ser um bom cidadão. É impossível ser um bom médico sem ser responsável, disciplinado, estudioso, observador atento. É impossível ser um bom médico sem amar a medicina, sem gostar de gente, sem cultivar a solidariedade, a compaixão pelo próximo. O bom médico precisa ser, visceralmente, um benfeitor. Ou será apenas um mero receitante de tratamentos. Jamais um verdadeiro médico. E um médico que não é verdadeiro, é melhor que não seja médico. Pelo bem da humanidade. Pense nisto e decida que médico você será.

Por Viriato Moura Conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia e Diretor-Geral do Complexo Hospitalar Central

Nome para o CAMed

Bem galerinha,
Usem a criatividade de vocês!!! O CAMed não tem um nome nem um brasão, por isso decidimos criar..... mas estamos contando com as sugestões de vocês. As spropostas devem ser mandadas para o e-mail do CA (cameduesbj@gmail.com) ate o dia 05/05 e a votação será aqui mesmo no blog no dia 05 e 06/05.

Realizaremos um pequeno "reggae" entre a gente para oficializar e comemorar ! (essa lancei agora! xD)

Contamos com a criatividade de todos

Assembleia Geral

Bem Galerinha!



Só pra relembrar.... Anteontem tivemos uma Assembleia Geral onde discutimos alguns pontos importantes dentre eles:

. EREM . Criação da CLEV . Acesso ao Laboratório de Anatomia . Medxote . Criação das Ligas . Dossiê da greve.

A reunião foi muito proveitosa, decidimos pontos prioritários e criamos novos caminhos para seguir.

Valeu pela presença de vocês mesmo com tanta prova pra estudar!!
huahuahuauhauh

Vamo que vamo!!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Divirtam-se!

Bem galerinha para auxiliar o estudo de vocês estamos divulgando uma prova de Anatomia... Façam um simulado e busquem as respostas certas...


Em respeito ao colega retiramos o seu nome e sua nota, mas agradecemos a colaboração.


Bem.. deixa de falatorio... VÃO ESTUDAR!!!!









Ps: Para ampliar as fotos é só clicar nela xD





quinta-feira, 8 de abril de 2010

Fim da greve, mas não dos problemas

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
UESB – CAMPUS DE JEQUIÉ – BAHIA
CENTRO ACADÊMICO DE MEDICINA – CAMed
Memorando 027/2010
Ao Colegiado do Curso de Medicina – UESB, campus Jequié.
Sem esforços, não há resultados. Com este firme intuito, os discentes de Medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus Jequié, decidiram lutar pelo que acreditavam, e sempre acreditarão, ser uma causa verdadeiramente justa. Não se buscou nada além do que lhes é de direito: uma formação acadêmica realizada com qualidade, dignidade e responsabilidade.
“A greve é a linguagem dos que não são ouvidos", sabiamente disse Martin Luther King. Munidos de esperança e muita coragem, buscou-se na greve, ao menos, a oportunidade de externar para a sociedade que, diferentemente do que todos idealizaram para este tão sonhado curso em Jequié, o mesmo transcorria com graves dificuldades. Acreditou-se que, com o máximo de perseverança, seria possível atrair a atenção de todos os responsáveis para a situação do curso e, a partir de então, conquistar as melhorias necessárias para uma realidade de excelência que TODOS esperam da formação de médicos, esses seres estranhos da sociedade nos quais se confia o bem mais valioso que cada ser humano possui – a vida!
Ainda que os resultados obtidos, após um mês de greve, aproximadamente, estejam muito aquém do que fora almejado pelos discentes, a certeza de que se lutou por uma causa nobre, somada ao despertar de muitos para uma vida de justiça, longe da acomodação conveniente a que, até então, eram impelidos, teve maior valor do que qualquer bem material que possa ter sido conquistado durante este tempo. A vitória, para os discentes, virá da continuidade dos esforços lançados a partir dessa primeira ação, uma vez que todos estão cientes e convictos de que este será o caminho a ser seguido até o término deste curso.
Diante do que fora apresentado, o Centro Acadêmico de Medicina vem, em nome de todos os seus associados, por meio deste, anunciar que, em Assembleia Geral do CAMed ocorrida no dia 05 de abril de 2010, decidiu-se que a greve discente instalada no curso de Medicina, desde o dia 15 de março de 2010, terá fim no dia 12 de abril de 2010 (segunda-feira).
Atenciosamente,

Cayane Hanuccha e Bianca Nascimento

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ao Conselho Comunitário de Jequié

Esse foi o discurso e o comentário (resumido) proferido pelos nossos colegas Elves, Camila, Tayane, Diego, Eduardo e Izabel em reunião no Conselho Comunitário no dia 31/03.





"UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
UESB – CAMPUS DE JEQUIÉ – BAHIA
COMISSÃO DE PLANEJAMENTO DE GREVE


Ao Conselho Comunitário de Jequié – BA.

Boa noite Sr. Presidente e demais conselheiros, boa noite também aos convidados que se encontram aqui presentes e caros colegas.

Nós, discentes do curso de Medicina da (UESB), campus Jequié, vimos novamente, com o devido acato e respeito, junto ao nobre Presidente e demais conselheiros integrantes desse respeitável Conselho Comunitário, esclarecer e comunicar o seguinte:

É de conhecimento de toda a sociedade Jequieensse por meio da mídia local e também das manifestações publicas, realizadas de forma ordeira, os problemas enfrentados por essa tão sonhada graduação. Viemos aqui informa também, que de caráter informal, e, diga-se de passagem, “um grito dos desesperados”, levamos ao conhecimento da mais simbólica autoridade política existente no Brasil, O Exmo Sr Presidente da República Federativa do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva que recebeu educadamente em suas mãos a camisa do nosso movimento. Porém, sabemos que diante de uma nação de problemas somos um tanto quanto insignificantes, mas amparados novamente na sabedoria e inteligência do Águia de Haia, leia-se Rui Barbosa, nome dado a mais bela praça de Jequié, que um dia disse:

“Maior do que a tristeza de não ter vencido, é a vergonha de não ter tentado”.

Queremos aqui, caros senhores, suplicar o empenho de todos aqueles que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a criação e implantação do Curso de Medicina da UESB, campus Jequié. Entretanto, não queremos aqui ser desmentidos sobre os problemas outrora expostos, e, portanto achamos que é de conhecimento público as nossas dificuldades, já que tivemos na ultima quinta-feira dia 25 do corrente mês uma audiência pública tendo como pauta a situação do curso de medicina.

É com grande pesar que viemos aqui expor o sentimento de desespero que emana dos corações dos bravos e lutadores estudantes do curso de medicina da UESB. Pois a realidade nos mostrou que nessa luta que se assemelha a linda fábula bíblica de “Davi contra o gigante Golias” nossas pedradas não estão surtindo os efeitos almejados. Sendo assim, o nosso desejo, a nossa esperança e fé, é de somarmos esforços e adquirirmos conhecimento na nossa vida acadêmica, para que possamos colocar a UESB, especialmente o curso de Medicina, num pedestal à altura do esforço daqueles que contribuíram para a criação deste curso, visando enaltecer e corresponder com os anseios desta distinta comunidade de Jequié.

Nesta oportunidade, evoco as sábias palavras do Presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes Soares:

“Médico mal formado é sinônimo de pacientes mal-atendidos. Perde a profissão, perdem os médicos, perdem, principalmente, os pacientes.”

Logo, caros senhores, é de fácil entendimento que, no final, a principal prejudicada com uma má formação será a sociedade da qual fazem parte os que aqui estão presentes.

Sendo assim, a luta dos discentes, não é infantilidade, imaturidade nem orgulho, como muitos pensam, mas sim o reflexo de sua preocupação com a formação qualificada que proporcione uma melhor capacitação ao atendimento à sociedade. Assim, a greve não foi instalada pelos estudantes por falta de motivos válidos, fundamentados e embasados, mas sim porque foi a única alternativa encontrada por eles, já que o curso não tem condições, até o presente momento, de oferecer uma infra-estrutura mínima adequada à formação digna dos discentes.

Por fim, clamamos aos membros desse distinto conselho, que nos ajude a encontrar uma solução justa e pacífica, com o intuito de solucionar os problemas verificados no funcionamento do curso de Medicina da UESB, campus Jequié.

Obs: Comentários sobre o que foi dito no final desse discurso:

E para complementar, no final citamos exemplos de vários colegas que lutaram quatro anos ou mais para poderem estudar medicina, pois é de conhecimento de todos o quanto é difícil a aprovação dessa tão sonhada graduação, portanto, denota-se claramente que o perfil dos discentes é composto de pessoas que desejam estudar. Sendo assim, esses nobres estudantes sedentos por saber não entrariam numa triste greve se não houvesse motivos justos para tal."

Em e-mail pessoal para as turmas envolvidas com a greve nosso colega Elves Barbosa ainda complementou:

"Obrigado a todos, e que Deus nos ilumine nosso caminho nessa nobre luta.
Elves Barbosa."

Obrigado pelo esforço, empenho, garra e espirito solidário de vocês!

Luto nem que seja sozinho; Ate minha forças acabarem... se é que um dia elas vão acabar.

sexta-feira, 26 de março de 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

Site em construção

Site do Centro Acadêmico de Medicina - CAMED - UESB - Jequié.
Ainda em construção!!!