domingo, 18 de julho de 2010

Adib Jatene critica abertura indiscriminada de escolas médicas

Adib Jatene critica abertura indiscriminada de escolas médicas durante Fórum organizado pelo CFM "É inaceitável assistirmos esta abertura indiscriminada de escolas médicas, precisamos coibir este abuso", apontou o ex-ministro da Saúde e presidente da Comissão de Avaliação das Escolas Médicas do Ministério da Educação, Adib Jatene. A declaração foi dada durante palestra no I Fórum de Ensino Médico, evento que ocorre em Brasília, nos dias 1 e 2 de julho, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Para o ex-ministro, o país chegou a um ponto crítico. Ele apresentou a evolução das escolas médicas no país que, segundo Jatene, demonstra a irracionalidade do sistema e a necessidade de se trabalhar mudanças.

"Entendemos a necessidade do país em se formar mais médicos, mas que profissionais queremos?", questionou.

Hoje, o país possui um total de 180 escolas médicas. Só no período de 1996 a 2009 foram criadas novas 98 instituições, sendo que destas, apenas 30 são públicas. Jatene apontou a oferta desproporcional das vagas no país: o Rio de Janeiro oferece uma vaga para 6 mil habitantes; no caso do Espírito Santo a proporção é de 1 vaga por 6.974. Já São Paulo, estado que mais possui faculdades de medicina, a relação é de 1 para cada grupo de 15.407 habitantes.

Trabalhos - A mesa de abertura do I Fórum de Ensino Médico foi formada pelo presidente do CFM, Roberto Luiz d´Ávila; pelo coordenador da Comissão Nacional de Ensino Medico e 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Lima; pelo ex-ministro da Saúde e presidente da Comissão de Avaliação das Escolas Médicas do MEC, Adib Jatene; pelo representante do Ministério da Educação, Paulo Wolling; pelo presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhães; e pelo diretor de Comunicação da Associação Médica Brasileira (AMB), Elias Fernando Miziara.

O presidente do CFM destacou que a entidade deseja contribuir para o crescimento e a melhora da educação médica no país. "Como profissionais e orientadores, vamos nos dedicar na educação sempre em parceria com as instituições de ensino e outras entidades. Queremos formar o tipo de médico que a sociedade espera", disse d´Ávila.

Fonte: CFM

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