''Para ouvir o coração de um povo não precisa ser médico, basta ter coração''
Conto de fadas; O gênio e os três desejos
Que tipo de médico quero ser? Que tipo de realizações no plano pessoal e de ofício desejo obter no futuro? Em que devo me basear para responder essas perguntas? Minhas vivências, experiências e trajetórias?
É complicado olhar para o futuro e não pensar na profissão que estou lutando para seguir? “Quais são suas conclusões quando pensa nisso?” Pergunta minha consciência. Então, respondo. Concluo que desejo ser um profissional competente. Terei o conhecimento de vários séculos; Um conhecimento conseguido com muito sacrifício, dedicação e mortes, portanto desejo honrá-lo. Mas de que vale tanto estudo se na aplicação desse conhecimento eu for frio e cortante como o bisturi que manejarei?! Por isso, antes de tudo, quero ser um médico humano. Às vezes, o problema não é só anatômico, fisiológico, biológico. É social, estrutural, emocional. Sei que em minha sociedade – em todo o mundo pra falar a verdade - a falta de amor, cuidado e zelo matam mais que os vírus e os hospitais desestruturados. Se os médicos pudessem ser um pouco mais atenciosos... Se pudessem pensar um pouco mais na vida ao invés do reconhecimento, do dinheiro...
O reconhecimento, o dinheiro... “Você é doido!? Quem não pensa nisso?!Vivemos na era do capitalismo selvagem homem primata!” Atacam outras consciências. É, concordo. Só que de tão selvagem, o capitalismo e a mentalidade da cifra doentia estão destruindo a medicina. O enfoque não é mais no “juro salvar vidas” e sim no “juro salvar dinheiro”. É claro que penso – e preciso – em dinheiro e reconhecimento, mas não faço disso prioridade. Certa feita, assistindo ao filme “Quase Deuses”, ouvi uma frase que me marcou. “Não busque reconhecimento no mundo, pois isso não vai acontecer”. Não vai mesmo se buscado com voracidade. Basta ser dedicado. Basta sentir prazer em saber que está salvando uma vida, que está “devolvendo” a uma mãe, mulher, filho seu ente querido, que lutei para que uma história não tivesse um fim precoce.
Parece um conto de fadas, algo altamente quimérico – nos tempos de hoje -, mas o desejo que tenho é ser esse profissional. Não vou precisar do gênio e dos seus três desejos. Agradeço as minhas vivências! Agradeço as minhas experiências! Agradeço a minha trajetória! Vou ser humano, competente e realizado.
Daniel R. Paranhos
Grande Galerinha...
Se vocês escreverem algo manda pra o e-mail do CA (cameduesbj@gmail.com) que a gente posta! Viu Lara!! huauhauhahuauhauh
beijos e abraços!
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